O então presidente Donald Trump anunciou a implementação de uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio, com o objetivo de fortalecer a indústria siderúrgica dos Estados Unidos. A medida gerou preocupação no Brasil, uma vez que aproximadamente 54% da produção nacional é direcionada ao mercado dos Estados Unidos.
De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2024, o Brasil vendeu aos Estados Unidos US$ 4,1 bilhões em produtos de ferro e aço. Esse valor representou 1,2% do total das exportações brasileiras de bens e 10,4% do que foi comercializado especificamente com o mercado norte-americano.
A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) também expressou preocupação considerável, embora o Brasil represente menos de 1% das importações de alumínio dos Estados Unidos, o mercado norte-americano continua sendo um mercado-chave, que em 2024 respondeu por 16,8% das exportações brasileiras do setor, totalizando US$ 267 milhões em volume comercializado.
O governo brasileiro, por meio dos ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, lamentou a decisão e anunciou que avaliará todas as possibilidades de ação na esfera do comércio internacional, inclusive com a possibilidade de acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC).
A aplicação de tarifas de 25% pelos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio impõe um grande desafio às exportações brasileiras desses segmentos. Enquanto o governo brasileiro avalia ações para contestar a medida, a indústria nacional procura alternativas para preservar sua competitividade no cenário global. A cooperação entre os dois países será fundamental para reduzir os impactos econômicos e garantir a continuidade das relações comerciais de forma equilibrada.
"O aço que antes unia nações em pontes agora encontra barreiras que podem enfraquecer os laços comerciais.
