Os aços são classificados de acordo com padrões estabelecidos pela norma "S.A.E" - Society of automotive engineers - que, para identificar os diversos aços, adotou um sistema de números ou designações numéricas os quais simplificam as suas classificações e têm referência direta às suas composições.
O primeiro número indica a classe da qual faz parte um determinado aço e o número seguinte indica a porcentagem da liga dominante. Já, os dois últimos algarismos representam o ponto de carbono ou a sua porcentagem em centésimos de 1% que o aço contém.
De acordo com as regras citadas, temos, por exemplo, o aço SAE 1020, que deve indicar:
- O primeiro algarismo (1) significa aço carbono;
- O segundo algarismo (O) indica que não há liga;
- Os dois últimos algarismos (20) indicam a proporção de carbono 0,20% de carbono.
Outro exemplo é o aço SAE 2330:
- O primeiro algarismo (2) significa aço níquel;
- O segundo algarismo (3) significa 3% de níquel;
- Os dois últimos algarismos (30) indicam a proporção de carbono, no caso 0,30% de carbono.
Os aços carbonos de maior aplicação são:
Esse é um aço de boa usinabilidade, de aplicação geral. O seu limite de resistência no estado normalizado é de 35 a 45 kg/mm², é também chamado EXTRA-DOCE. Não adquire têmpera, mas é de grande maleabilidade e fácil de soldar-se. Esses tipos de aços são empregados para a fabricação de parafusos, chapas, tubos estirados e produtos de caldeira.
Aço de boa maleabilidade, de aplicação geral. O seu limite de resistência no estado normalizado é, em média, de 42 a 55 kg/mm². É chamado também de DOCE é não adquire têmpera, mas é maleável e solda-se com facilidade. É muito empregado para a fabricação de peças rosqueadas em geral, barras laminadas e perfiladas e maioria das peças comuns utilizadas nas construções mecânicas.
É indicado para a fabricação de eixos, peças para motores e máquinas que trabalham sujeitas a pequenos esforços. E também chamado MEIO DOCE, apresentando início de têmpera e de soldabilidade média. A sua resistência no estado normalizado é de cerca de 45 a 60 kg/mm².
A maior aplicação se faz na indústria automobilística para a fabricação de peças como bielas, eixos, parafusos etc. Trata-se de um aço de boa produção em forjamento.
A aplicação desse aço se faz também na indústria automobilística. Apresenta em relação ao aço SAE 1.035 uma resistência e uma dureza ligeiramente superiores. É muito usado para o forjamento.
Esse aço encontra larga aplicação na indústria automobilística, em peças que requeiram maiores resistências e durezas do que os aços SAE 1.035 e 1.040. Adquire boa têmpera e é muito difícil de soldar-se. No estado normalizado apresenta uma resistência compreendida entre 55 a 70 kg/mm².
Esse aço encontra grande aplicação na fabricação de eixos de quaisquer tamanho, podendo ser usado na fabricação de eixos para máquinas pesadas como na de eixos para pequenos motores, é empregado na fabricação de peças forjadas, tais como trilhos ferroviários, molas etc. A sua resistência no estado normalizado é de 60 a 75 kg/mm² e adquire boa têmpera, mas muito difícil para soldar-se.
Destina-se principalmente à fabricação de peças forjadas que requeiram uma certa resistência ao desgaste após o tratamento térmico.
A aplicação se faz na fabricação de molas sujeitas a pequeno esforço e que requeiram pouca espessura, como também na fabricação de ferramentas agrícolas resistentes ao desgaste após o tratamento térmico. A sua resistência no estado normalizado 6 da ordem de 70kg/mm², adquire boa têmpera e não se solda.
Trata-se de um aço cujas características principais são a sua alta dureza e boa tenacidade, e é empregado na fabricação de molas chatas e de peças que requeiram as propriedades desse material. Sua resistência no estado normalizado é de 7 4kg/mm² e adquire boa têmpera; porém não se solda.
É empregado na fabricação de peças de grande dureza e resistência, como molas chatas e helicoidais dos vagões ferroviários. A sua resistência no estado normalizado é de 84kg/mm², adquirindo boa têmpera; porém não se solda.
A OESTE analisa a melhor estrutura para cada projeto. Quer saber mais? Clique aqui.
Fale também com um profissional especializado. Clique aqui.